terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Editorial Agulha 13

A luta não acaba com a Greve

O último mês de Novembro ficou marcado pela onda de protestos de vários sectores contra as políticas impostas aos trabalhadores, iniciada com a Manifestação Nacional da Função Pública, no dia 6, e terminando a 24 com a Greve Geral.
Esta greve, de extrema importância para a luta de todos nós, teve uma adesão bastante elevada (na ordem dos 80%) que faz dela a maior desde o 25 de Abril.
Estes números tornam-se ainda mais relevantes sabendo o fenómeno de precariedade que afecta a nossa sociedade impedindo que muitos trabalhadores mostrem o seu protesto com medo de perder o seu emprego.
Contudo, o dia ficou marcado pela falta de uma Manifestação Nacional que levasse todos os trabalhadores a saírem à rua para protestar contra as medidas de austeridade do Governo PS/Sócrates. Mais uma vez, as direcções das centrais sindicais (CGTP e UGT) mostraram-se pouco interessadas em fazer uma verdadeira oposição às políticas do Governo, minimizando o impacto da luta que teria outra força com uma grande Manifestação Nacional.
À semelhança dos nossos colegas Gregos, Espanhóis e Franceses, também afectados pelas medidas de austeridade impostas pela banca europeia, temos que levar o nosso descontentamento para as ruas. Só desta forma podemos derrubar estas medidas.
As eleições presidenciais que se avizinham não serão solução para contrariar estes ataques, como nos tentam fazer crer, já que só a luta dos trabalhadores poderá inverter este rumo. Fruto dos ataques que os trabalhadores de toda a Europa têm sofrido por parte da burguesia, na ânsia de proteger os seus lucros, a nossa luta tem que ser feita em conjunto com os restantes povos da Europa. Temos que parar este projecto da burguesia europeia que empurra os custos da crise para as nossas costas.
É necessário preparar uma Greve Geral Europeia que diga BASTA a estas políticas!