domingo, 11 de dezembro de 2011

Editorial Agulha nº 23

Greve Geral
Avizinham-se tempos difíceis para o povo português. Em 2012 vão entrar em força todas as medidas de austeridade previstas para nos “salvar da crise”.

Mesmo as pessoas mais desatentas às notícias têm já consciência que a situação só vai piorar. O próprio Governo já veio a público admitir as consequências de toda esta austeridade: aumento do desemprego para 13,6%; diminuição do poder de compra em 4,8% e contracção da economia em 2,8%. De acordo com a nossa experiência, estas previsões do Governo ficam sempre aquém, pela negativa, daquilo que realmente se irá passar.

Temos o exemplo da Grécia que também recebeu “ajuda” da troika a troco de muita austeridade, assim como o memorando acordado em Portugal prevê. Vejamos o resultado de tais políticas: diminuição em 5 anos na esperança média de vida devido aos cortes na saúde; preços de bens essenciais a disparar, os quais eram semelhantes aos de Portugal antes da crise (agora um litro de leite

custa em média 1,40€, uma dúzia de ovos 3,40€ e contas de casa para um mês em média 100€); e já falam em abolir o valor do salário mínimo, isto é, deixar o patrão pagar aquilo que quiser pelo nosso trabalho!

Este é o futuro que nos espera se continuarmos a deixar que nos imponham tais condições, desviando o nosso dinheiro para pagar a dívida soberana. Enquanto continuarmos a pagá-la não haverá dinheiro para saúde, educação ou criação de emprego e rapidamente o buraco grego será o nosso também.

Não podemos continuar impávidos e serenos sabendo que estamos a ser roubados todos os dias! Roubados nos impostos, roubados nos subsídios, roubados dos nossos serviços públicos, roubados das nossas vidas, das nossas liberdades e dos nossos direitos!

Há que sair à rua e gritar! Há que lutar contra a austeridade!



DIA 24 FAZ GREVE! SAI À RUA E FAZ-TE OUVIR!