segunda-feira, 6 de junho de 2011

Editorial Agulha 18

As lutas não acabam nas urnas!

O descontentamento que o povo trabalhador tem demonstrado contra o Governo PS/Sócrates, principalmente nos dois últimos anos, através de manifestações e greves que paralisaram o país são o sinal inequívoco que o povo está farto das políticas de direita que nos impossibilitam de ter uma vida digna. A Greve geral de 24 de Novembro e o 12 de Março foram dois dos momentos de protesto mais participados desde o 25 de Abril.
Os donos de Portugal, apercebendo-se da insatisfação dos trabalhadores, marcaram eleições para o dia 5 de Junho com o intuito de acalmar as lutas que temos travado nas ruas. Nestas eleições os dois maiores partidos tentam fazer crer que têm ideias diferentes para o país, mas nós não nos esquecemos que os 3 primeiros capítulos do PEC tiveram o cunho de Passos Coelho e Sócrates. A subserviência prestada ao FMI é mais uma prova que estes partidos têm o mesmo plano para o país, ou seja, que sejam os trabalhadores a suportar uma crise que não criaram. Todos estes cenários não nos surpreendem, este PS foi quem mais atacou os direitos conquistados em Abril e o PSD apresenta-se nestas eleições com um programa neo-liberal onde privatizar (a saúde, a educação e a água) é a palavra de ordem. Perante esta realidade exigia-se mais à esquerda. O Bloco e o PCP deveriam ter unido esforços no sentido de criar condições para se formar um Governo de alternativa à esquerda, um Governo que exija a suspensão do pagamento da dívida, que tenha uma política de emprego e que ponha os responsáveis por esta crise a pagá-la.
A História deixou-nos um legado que não i-gnoramos, foi no marco da luta de classes que tivemos grandes conquistas, por isso afirmamos: o voto é importante mas não podemos acabar a nossa luta nas urnas! Por isso achamos importante a participação de todos na manifestação nacional de 19 de Maio, contudo, faz falta uma nova Greve Geral para derrubar estas políticas.

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