sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Editorial Agulha 9

É preciso radicalizar a luta

Os trabalhadores, mais uma vez, demonstraram o seu descontentamento e a sua força quando no passado dia 29 de Maio, 190 mil trabalhadores saíram à rua, numa grande prova de dinamismo e de vontade de lutar, protestando contra as políticas de direita do Governo Sócrates.
Para além desta manifestação, os tra-balhadores, ao longo dos últimos meses, têm vindo a realizar greves paralisando vários sectores, como a exemplar greve dos trabalhadores dos TUB, dos enfermeiros, dos trabalhadores da Galp Energia, dos trabalhadores da Carris e da CP e das trabalhadoras da Macvila em Vila do Conde.
Todas estas mostras de descontentamento são o indício que há força suficiente para radicalizar a luta contra as medidas de austeridade impostas pelo Governo e pela Comissão Europeia.
Todo este potencial de luta da classe trabalhadora não tem sido aproveitado pela CGTP que ainda não testou uma greve geral que paralisasse o país, tal como tem acontecido na Grécia. Desde o início do ano já houve 7 greves gerais com grande adesão, nas quais o povo grego reagiu contra as brutais políticas de ataque aos trabalhadores.
Por toda a Europa as lutas sucedem-se: em França realizou-se uma greve geral no final de Maio, na Roménia assistiu-se à maior manifestação de massas dos últimos 20 anos e em Espanha 10 mil pessoas saíram à rua, por fora das duas grandes centrais sindicais, exigindo a convocação de uma greve geral.
É necessária a união de todos os tra-balhadores europeus para juntos comba-termos as políticas neoliberais que fazem com que sejamos nós a pagar a crise.

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