segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Editorial Agulha 4

Unir as lutas

Em meados deste mês foi aprovado o Orçamento de Estado do PS graças à abstenção do PSD e CDS que mostraram que o PS não precisa de maioria absoluta para continuar com as políticas de direita.
O grande objectivo deste Orçamento de Estado é a passagem do défice de 9% para os 3%, exigidos pela União Europeia. É importante não esquecer que estes 9% de défice têm origem na hemorragia de dinheiro público que saiu dos cofres do Estado para, a pretexto da crise, financiar banqueiros (BPP, BPN e Finibanco) e grandes empresários.
Foram várias as empresas que, com a desculpa da crise, recorreram ao Lay-off, guardando nos seus cofres os lucros acumulados durante anos, e transferindo para o Estado a responsabilidade de pagar 70% dos salários dos trabalhadores.
Para alcançar os 3%, o Governo prepara-se para tirar dos bolsos dos trabalhadores o dinheiro para pagar o défice. Esta ofensiva já se iniciou com o conge-lamento dos salários da função pública, que servirá de referência para o sector privado, e com o aumento miserável dos salários mínimos, que mantêm os trabalhadores em condições de vida inaceitáveis. Perante este ataque, cabe-nos a nós trabalhadores, impedir este “assalto”. Um exemplo significativo da luta contra estas políticas é a dos enfermeiros, que no final de 3 dias de greve fizeram uma grande manifestação exi-gindo o aumento de salários.
Temos que nos unir e levar para a rua, em grandes mobilizações, as nossas exigências, começando a preparar uma Greve Geral, para que sejam os ricos a pagar a crise que eles próprios geraram.

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